Publicado: 05/02/2021
A hanseníase é uma doença que durante muito tempo causou a exclusão social de seus portadores. Sendo uma das doenças mais antigas conhecidas, existem menções a lepra (como era chamada antigamente) desde os tempos bíblicos.
Com a evolução da medicina, a hanseníase deixou de ser uma sentença de afastamento e passou a ser uma doença perfeitamente tratável. Neste artigo você vai conferir algumas curiosidades sobre a hanseníase. Continue a leitura!
Infelizmente não existe uma vacina específica para a prevenção da hanseníase. Entretanto, a vacina BCG, tomada após o nascimento para prevenir a tuberculose, também diminui as chances de contrair a doença. Isso acontece porque os microrganismos causadores das duas doenças são parecidos. Por isso é comum que famílias onde um membro foi diagnosticado, os demais tomem a BCG.
Isso mesmo! Embora seja sim uma doença contagiosa, a taxa de infectividade é baixa. Os novos casos surgem, por regra, através do contato direto com um doente.
A transmissão acontece por meio das vias respiratórias, ou seja, através do contato com a secreção nasal, tosse, espirros e gotículas de saliva. Além disso, a maioria das pessoas possui defesas naturais contra a doença e tende a desenvolver formas não contagiantes e sintomas leves.
Até mesmo o quadro mais leve da doença pode deixar sequelas. Mesmo com o tratamento, é possível que o paciente não recupere totalmente a sensibilidade nos locais onde surgiram as manchas.
Nos casos mais graves, o paciente pode sofrer de perda de força, tendo limitações físicas para movimentar as mãos e ou as pernas, por exemplo.
Existem vários sintomas que podem indicar a existência de um quadro de hanseníase. Confira:
● Manchas na pele de cor parda, esbranquiçadas ou eritematosas;
● Mudança de temperatura no local das manchas;
● Agressão aos nervos periféricos;
● Dormência em algumas regiões do corpo, assim como perda da sensibilidade local e feridas;
● Caroços ou inchaços nas áreas mais frias do corpo, como mãos, cotovelos e orelhas;
● Alteração na musculatura esquelética;
● Infiltrações e edemas na face.
Se tiver algum desses sintomas, ou uma combinação deles, procure uma Unidade Básica de Saúde para obter um diagnóstico e tratamento.
O antibiótico rifampicina é usado para tratar os dois tipos de hanseníase, mudando apenas a duração do tratamento. O tipo paucibacilar é tratado durante seis meses, e o multibacilar por um ano. É muito importante que o tratamento não seja interrompido.
O Sistema Único de Saúde fornece a medicação para o tratamento e as doses são administradas de forma vigiada. O paciente só pode tomar o remédio na presença de profissionais de saúde nas UBS, seguindo as normas determinadas pela Organização Mundial de Saúde.
A rifampicina faz a eliminação de 90% dos bacilos, sendo necessário complementar o tratamento com o DDS. Esta droga pode ser tomada em casa, todos os dias, até o término do tratamento.
Se a hanseníase for do tipo multibacilares, o tratamento ainda tem o acréscimo de uma dose diária e outra vigiada de clofazimina.
Se uma pessoa do núcleo familiar foi diagnosticada com a doença, é fundamental que as demais se submetam ao teste e consulta clínica. Além disso, mulheres em idade reprodutiva devem ficar atentas ao fato de que os antibióticos usados para o tratamento podem cortar o efeito de medicamentos anticoncepcionais.
A hanseníase possui muito estigma social, mas se for devidamente tratada tem cura e o paciente não a transmite aos demais.
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